'STF deveria representar o número de mulheres no país', diz pesquisadora do Observatório do Judiciário
A professora Renata Maia, em entrevista ao Jornal da CBN, faz uma análise da trajetória de Barroso no STF, o último ato do ministro antes de se despedir do cargo e a escolha de Lula por um substituto. Um dia antes de se aposentar, o ministro Luis Roberto Barrosos votou pela descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. Ele disse que a interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal, e as mulheres têm o direito fundamental à sua liberdade sexual e reprodutiva. A professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do Observatório do Judiciário, Renata Maia, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, faz uma análise da trajetória de Barroso no STF e destaca o peso da decisão de ter votado pela descriminalização do aborto no encerramento da trajetória dele no STF: “Eu acho que ele quis cravar, no seu último julgamento, a sua posição, inclusive como ministro muito preocupado com causas sociais. E por isso ele realmente quis, ele pediu que fosse pautado esse julgamento para o seu último dia para deixar sua marca de uma pessoa bastante liberal, como ele sempre se comportou perante o Supremo Tribunal Federal durante todo o seu mandato”. Renata Maia fala ainda sobre debate que envolve o substituto de Luis Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. O advogado-geral da União, Jorge Messias, é o mais cotado, con.iderando os critérios de escolha usados pelo presidente Lula: "Eu penso que o Congresso deveria, inclusive, vetar o Senado se for feita essa escolha. Por quê? Nós temos no Brasil hoje 213 milhões de pessoas, 51% e meio representam mulheres, nós temos 104 milhões e meio de mulheres e essa representação não se faz no nosso Supremo Tribunal Federal. E penso eu, e endosso a todas aquelas pessoas que estão querendo uma nova representante mulher no nosso Supremo Tribunal Federal, até porque até hoje nós só tivemos três mulheres. Eu acho que seria bastante importante, inclusive pelo terceiro mandato que o presidente Lula exerce, que ele pudesse também fazer um tempo de consciência, de pensar que realmente o nosso Supremo Tribunal Federal deveria representar também o número de mulheres que nós temos no nosso país. Eu acho que poderia dar esse fôlego maior para as mulheres também no Supremo Tribunal Federal". Ouça a entrevista completa:

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A professora Renata Maia, em entrevista ao Jornal da CBN, faz uma análise da trajetória de Barroso no STF, o último ato do ministro antes de se despedir do cargo e a escolha de Lula por um substituto. Um dia antes de se aposentar, o ministro Luis Roberto Barrosos votou pela descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. Ele disse que a interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal, e as mulheres têm o direito fundamental à sua liberdade sexual e reprodutiva. A professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisadora do Observatório do Judiciário, Renata Maia, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, faz uma análise da trajetória de Barroso no STF e destaca o peso da decisão de ter votado pela descriminalização do aborto no encerramento da trajetória dele no STF: “Eu acho que ele quis cravar, no seu último julgamento, a sua posição, inclusive como ministro muito preocupado com causas sociais. E por isso ele realmente quis, ele pediu que fosse pautado esse julgamento para o seu último dia para deixar sua marca de uma pessoa bastante liberal, como ele sempre se comportou perante o Supremo Tribunal Federal durante todo o seu mandato”. Renata Maia fala ainda sobre debate que envolve o substituto de Luis Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. O advogado-geral da União, Jorge Messias, é o mais cotado, con.iderando os critérios de escolha usados pelo presidente Lula: "Eu penso que o Congresso deveria, inclusive, vetar o Senado se for feita essa escolha. Por quê? Nós temos no Brasil hoje 213 milhões de pessoas, 51% e meio representam mulheres, nós temos 104 milhões e meio de mulheres e essa representação não se faz no nosso Supremo Tribunal Federal. E penso eu, e endosso a todas aquelas pessoas que estão querendo uma nova representante mulher no nosso Supremo Tribunal Federal, até porque até hoje nós só tivemos três mulheres. Eu acho que seria bastante importante, inclusive pelo terceiro mandato que o presidente Lula exerce, que ele pudesse também fazer um tempo de consciência, de pensar que realmente o nosso Supremo Tribunal Federal deveria representar também o número de mulheres que nós temos no nosso país. Eu acho que poderia dar esse fôlego maior para as mulheres também no Supremo Tribunal Federal". Ouça a entrevista completa:
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