Trump afirma não querer que China 'brinque o jogo das terras raras'
'A China precisa fazer algo por nós também. Quero ajudar a China, não quero os prejudicar, mas tem que ser um acordo justo', disse o presidente americano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que busca fazer a China voltar a comprar a soja americana na negociação sobre a tarifa entre os dois países. No entanto, ele completou que não quer que os chineses 'brinquem o jogo das terras raras conosco'. A fala ocorreu nesse domingo (19) enquanto embarcava no avião Air Force One. Trump respondia sobre as negociações comerciais com o governo de Xi Jinping. 'A China precisa fazer algo por nós também. Quero ajudar a China, não quero os prejudicar, mas tem que ser um acordo justo', afirmou. Chamadas de 'petróleo do século XXI' pela sua importância global, preço e por serem cobiçadas por diversos países do mundo, esses materiais são elementos químicos fundamentais para a construção de aparelhos eletrônicos e peças elétricas. Sua escassez mundial gera uma tensão entre as diversas nações pelo medo de não ter como repor de outra maneira. Além disso, a produção de mísseis hipersônicos, carros elétricos e sistemas de energia solar também depende desses recursos, que hoje representam um importante elemento na geopolítica mundial. O Brasil e a China possuem as maiores reservas mundiais de minerais críticos e estratégicos. O Brasil destaca-se por suas reservas de cobre, lítio, silício e terras raras. Brasil diz que vai negociar terras raras com governo Trump Exemplos de terras-raras refinadas. Reprodução/Wikipedia Em meio às negociações para a suspensão do tarifaço sobre produtos brasileiros e ao interesse do governo dos Estados Unidos por minerais críticos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que vai discutir com o governo Trump a atração de capital americano para a exploração desses minerais no Brasil. Após o governo ter criado um grupo de trabalho para discutir diretrizes para a exploração de minerais críticos e terras raras, e também depois dos diálogos entre os governos Lula e Trump, o ministro sinalizou essa abertura para negociação com os Estados Unidos. Mesmo com o Brasil sendo um dos principais detentores dessas reservas, cerca de 10% dos minerais críticos e terras raras a nível mundial, o país ainda não tem diretrizes estabelecidas para a exploração desse setor. Agora, o governo avalia que a definição de medidas pode servir como moeda de troca nas negociações com os EUA. Nessa quinta-feira, foi inaugurado o Conselho Nacional de Política Mineral, com a presença do presidente Lula na primeira reunião. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração, o Brasil possui cerca de 10% das reservas mundiais desses insumos. No entanto, a produção efetiva representa apenas 0,09% da oferta global. Ou seja, o país tem um grande potencial, mas produz muito pouco. O presidente Lula está no Ministério de Minas e Energia, reunido com o ministro Alexandre Silveira para tratar desse tema. A avaliação é que, com o interesse dos americanos por esse setor, isso pode ser uma oportunidade para ajudar nas negociações em relação às tarifas impostas sobre os produtos brasileiros.

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'A China precisa fazer algo por nós também. Quero ajudar a China, não quero os prejudicar, mas tem que ser um acordo justo', disse o presidente americano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que busca fazer a China voltar a comprar a soja americana na negociação sobre a tarifa entre os dois países. No entanto, ele completou que não quer que os chineses 'brinquem o jogo das terras raras conosco'. A fala ocorreu nesse domingo (19) enquanto embarcava no avião Air Force One. Trump respondia sobre as negociações comerciais com o governo de Xi Jinping. 'A China precisa fazer algo por nós também. Quero ajudar a China, não quero os prejudicar, mas tem que ser um acordo justo', afirmou. Chamadas de 'petróleo do século XXI' pela sua importância global, preço e por serem cobiçadas por diversos países do mundo, esses materiais são elementos químicos fundamentais para a construção de aparelhos eletrônicos e peças elétricas. Sua escassez mundial gera uma tensão entre as diversas nações pelo medo de não ter como repor de outra maneira. Além disso, a produção de mísseis hipersônicos, carros elétricos e sistemas de energia solar também depende desses recursos, que hoje representam um importante elemento na geopolítica mundial. O Brasil e a China possuem as maiores reservas mundiais de minerais críticos e estratégicos. O Brasil destaca-se por suas reservas de cobre, lítio, silício e terras raras. Brasil diz que vai negociar terras raras com governo Trump Exemplos de terras-raras refinadas. Reprodução/Wikipedia Em meio às negociações para a suspensão do tarifaço sobre produtos brasileiros e ao interesse do governo dos Estados Unidos por minerais críticos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que vai discutir com o governo Trump a atração de capital americano para a exploração desses minerais no Brasil. Após o governo ter criado um grupo de trabalho para discutir diretrizes para a exploração de minerais críticos e terras raras, e também depois dos diálogos entre os governos Lula e Trump, o ministro sinalizou essa abertura para negociação com os Estados Unidos. Mesmo com o Brasil sendo um dos principais detentores dessas reservas, cerca de 10% dos minerais críticos e terras raras a nível mundial, o país ainda não tem diretrizes estabelecidas para a exploração desse setor. Agora, o governo avalia que a definição de medidas pode servir como moeda de troca nas negociações com os EUA. Nessa quinta-feira, foi inaugurado o Conselho Nacional de Política Mineral, com a presença do presidente Lula na primeira reunião. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração, o Brasil possui cerca de 10% das reservas mundiais desses insumos. No entanto, a produção efetiva representa apenas 0,09% da oferta global. Ou seja, o país tem um grande potencial, mas produz muito pouco. O presidente Lula está no Ministério de Minas e Energia, reunido com o ministro Alexandre Silveira para tratar desse tema. A avaliação é que, com o interesse dos americanos por esse setor, isso pode ser uma oportunidade para ajudar nas negociações em relação às tarifas impostas sobre os produtos brasileiros.
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