Representante dos EUA no Brasil vai visitar Belém, sede da COP30, em meio a tensões com país, diz site

Ainda não se sabe se os EUA irão enviar algum representante para o evento. O encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, vai visitar a cidade de Belém, que sediará a COP30 em novembro, nesta semana. Ele deve discutir termas como o desmatamento e o crime organizado na região. A informação foi divulgada pela Bloomberg com pessoas familiarizadas com o assunto. Ainda não se sabe se os EUA irão enviar algum representante para a COP30. A visita ocorre em mais uma semana de tensões entre os dois países durante a Assembleia-Geral da ONU. O governo americano retirou vistos e anunciou mais sanções contra autoridades brasileiras nessa segunda-feira (22) por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e anunciou uma investigação comercial contra o Brasil. Entre os temas investigados está o desmatamento. Escobar deve se reunir em Belém com pesquisadores não governamentais que estudam a Amazônia. O Escritório Comercial dos Estados Unidos diz que o Brasil aplica de forma fraca a lei sobre desmatamento e, por isso, tem contribuído para o aumento da ilegalidade no país. Segundo a agência, esse desmatamento ilegal 'proporciona uma vantagem competitiva injusta às exportações agrícolas', o que libera uma área maior para agricultura e reduz custos. Amazônia. Foto: Divulgação/Ibama Além disso, o escritório também afirma que a exploração de madeira no Brasil é generalizada. O monitor do governo brasileiro diz que o desmatamento da Amazônia caiu em quase 50% desde o retorno de Lula ao poder em 2023. O auge nos últimos 15 anos, segundo o monitoramento, ocorreu durante o governo Bolsonaro, entre 2019 e 2022. EUA incluem mulher de Moraes nas sanções da Lei Magnitsky Ministro Alexandre de Moraes durante julgamento da trama golpista Antonio Augusto/STF Os Estados Unidos ampliaram nesta segunda-feira (22) as sanções da Lei Global Magnitsky e incluíram a advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF Alexandre de Moraes, além do Instituto Lex, ligado à família do magistrado. As medidas se somam às sanções já impostas ao magistrado em 30 de julho. Além disso, outras seis autoridades brasileiras tiveram o visto americano revogado. São elas: o advogado-geral da União, Jorge Messias; o juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira; o ex-ministro do TSE, Benedito Gonçalves; o ex-AGU e ex-secretário de Moraes no TSE, José Levi; além do juiz auxiliar de Moraes, Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, e o ex-assessor eleitoral, Marco Antonio Martin Vargas. O AGU se manifestou na tarde desta segunda-feira (22) e afirmou que a decisão "é uma agressão injusta" e afirmou que as medidas "agravam um desarrazoado conjunto de ações unilaterais". O governo brasileiro ressaltou que não vai se curvar a mais essa agressão, em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty disse que o Executivo recebeu o anúncio com profunda indignação e que essa é mais uma tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros e que as sanções representam a politização e o desvirtuamento na aplicação da lei. O anúncio ocorre enquanto o presidente Lula participa da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e um dia após protestos contra a PEC da Anistia mobilizarem manifestantes em 18 capitais e no exterior. O projeto busca perdoar envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Obras do Parque da Cidade, espaço que sediará a programação da COP30 Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica

Representante dos EUA no Brasil vai visitar Belém, sede da COP30, em meio a tensões com país, diz site

Ainda não se sabe se os EUA irão enviar algum representante para o evento. O encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, vai visitar a cidade de Belém, que sediará a COP30 em novembro, nesta semana. Ele deve discutir termas como o desmatamento e o crime organizado na região. A informação foi divulgada pela Bloomberg com pessoas familiarizadas com o assunto. Ainda não se sabe se os EUA irão enviar algum representante para a COP30. A visita ocorre em mais uma semana de tensões entre os dois países durante a Assembleia-Geral da ONU. O governo americano retirou vistos e anunciou mais sanções contra autoridades brasileiras nessa segunda-feira (22) por conta do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e anunciou uma investigação comercial contra o Brasil. Entre os temas investigados está o desmatamento. Escobar deve se reunir em Belém com pesquisadores não governamentais que estudam a Amazônia. O Escritório Comercial dos Estados Unidos diz que o Brasil aplica de forma fraca a lei sobre desmatamento e, por isso, tem contribuído para o aumento da ilegalidade no país. Segundo a agência, esse desmatamento ilegal 'proporciona uma vantagem competitiva injusta às exportações agrícolas', o que libera uma área maior para agricultura e reduz custos. Amazônia. Foto: Divulgação/Ibama Além disso, o escritório também afirma que a exploração de madeira no Brasil é generalizada. O monitor do governo brasileiro diz que o desmatamento da Amazônia caiu em quase 50% desde o retorno de Lula ao poder em 2023. O auge nos últimos 15 anos, segundo o monitoramento, ocorreu durante o governo Bolsonaro, entre 2019 e 2022. EUA incluem mulher de Moraes nas sanções da Lei Magnitsky Ministro Alexandre de Moraes durante julgamento da trama golpista Antonio Augusto/STF Os Estados Unidos ampliaram nesta segunda-feira (22) as sanções da Lei Global Magnitsky e incluíram a advogada Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF Alexandre de Moraes, além do Instituto Lex, ligado à família do magistrado. As medidas se somam às sanções já impostas ao magistrado em 30 de julho. Além disso, outras seis autoridades brasileiras tiveram o visto americano revogado. São elas: o advogado-geral da União, Jorge Messias; o juiz auxiliar de Moraes, Airton Vieira; o ex-ministro do TSE, Benedito Gonçalves; o ex-AGU e ex-secretário de Moraes no TSE, José Levi; além do juiz auxiliar de Moraes, Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, e o ex-assessor eleitoral, Marco Antonio Martin Vargas. O AGU se manifestou na tarde desta segunda-feira (22) e afirmou que a decisão "é uma agressão injusta" e afirmou que as medidas "agravam um desarrazoado conjunto de ações unilaterais". O governo brasileiro ressaltou que não vai se curvar a mais essa agressão, em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty disse que o Executivo recebeu o anúncio com profunda indignação e que essa é mais uma tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros e que as sanções representam a politização e o desvirtuamento na aplicação da lei. O anúncio ocorre enquanto o presidente Lula participa da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e um dia após protestos contra a PEC da Anistia mobilizarem manifestantes em 18 capitais e no exterior. O projeto busca perdoar envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Obras do Parque da Cidade, espaço que sediará a programação da COP30 Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica