Impasse pode levar à escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia, diz especialista
O jornalista Fabricio Vitorino, mestre em Cultura Russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC, falou ao Jornal da CBN sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os Estados Unidos se preparam para auxiliar a Ucrânia em possível ataque de mísseis contra a Rússia. Já a Rússia diz que a Europa encoraja Ucrânia a continuar a guerra e nega plano para atacar Otan. Ao Jornal da CBN, o jornalista Fabricio Vitorino, que é mestre em Cultura Russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC, afirmou que os dois lados colocam pressão sobre o Ocidente neste momento. Ele destacou ainda que um ato de defesa pode ser entendido como ataque, o que pode levar à escalada do conflito. 'Por exemplo, Putin coloca a pressão no Ocidente no sentido de que se os Estados Unidos cederem à Ucrânia os mísseis Tomahawk, que seriam usados para defender o país, Putin vai encarar isso como um ato de ataque e tende a encerrar suas relações, a comprometer drasticamente as suas relações com os Estados Unidos'. Segundo Fabricio Vitorino, Rússia e Ucrânia não tem o chamado 'common ground', ou seja, um território em comum para negociação. 'Primeiro de tudo, a Rússia não reconhece a legitimidade do presidente Zelensky. E a Rússia colocou na sua Constituição os cinco territórios conquistados: Crimeia, Kherson, Zaporijia, Donetsk e Luhansk. Está na Constituição Rússia e a Rússia não pode ceder. Por outro lado, a Ucrânia também não vai abrir mão desses territórios que estão na sua Constituição. Então, há um impasse grave que impede sequer que as partes comecem a negociar e ninguém quer um cessa-fogo'. Ouça a entrevista completa

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O jornalista Fabricio Vitorino, mestre em Cultura Russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC, falou ao Jornal da CBN sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os Estados Unidos se preparam para auxiliar a Ucrânia em possível ataque de mísseis contra a Rússia. Já a Rússia diz que a Europa encoraja Ucrânia a continuar a guerra e nega plano para atacar Otan. Ao Jornal da CBN, o jornalista Fabricio Vitorino, que é mestre em Cultura Russa pela USP e doutorando em Relações Internacionais pela UFSC, afirmou que os dois lados colocam pressão sobre o Ocidente neste momento. Ele destacou ainda que um ato de defesa pode ser entendido como ataque, o que pode levar à escalada do conflito. 'Por exemplo, Putin coloca a pressão no Ocidente no sentido de que se os Estados Unidos cederem à Ucrânia os mísseis Tomahawk, que seriam usados para defender o país, Putin vai encarar isso como um ato de ataque e tende a encerrar suas relações, a comprometer drasticamente as suas relações com os Estados Unidos'. Segundo Fabricio Vitorino, Rússia e Ucrânia não tem o chamado 'common ground', ou seja, um território em comum para negociação. 'Primeiro de tudo, a Rússia não reconhece a legitimidade do presidente Zelensky. E a Rússia colocou na sua Constituição os cinco territórios conquistados: Crimeia, Kherson, Zaporijia, Donetsk e Luhansk. Está na Constituição Rússia e a Rússia não pode ceder. Por outro lado, a Ucrânia também não vai abrir mão desses territórios que estão na sua Constituição. Então, há um impasse grave que impede sequer que as partes comecem a negociar e ninguém quer um cessa-fogo'. Ouça a entrevista completa
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