Ex-presidente francês é recebido por Macron antes da sua prisão, diz jornal

O ex-chefe de Estado foi condenado a cinco anos de prisão em primeira instância em setembro por conspiração criminosa relacionada ao suposto financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007. O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que deve ser preso nesta terça-feira (21), foi recebido pelo presidente Emmanuel Macron no Palácio de Eliseu. O encontro teria ocorrido na sexta-feira, porém a confirmação ocorreu para o jornal Libération apenas nesta segunda (20). A equipe presidencial afirmou apenas que 'foi realmente o que aconteceu' ao ser contatada pela reportagem, sem especificar circunstâncias ou conteúdo debatido. O ex-chefe de Estado foi condenado a cinco anos de prisão em primeira instância em setembro por conspiração criminosa relacionada ao suposto financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007. Ele recorreu da sentença, mas ainda permanecerá preso, com a pena prevista para execução provisória. A conversa não estava na agenda oficial de Macron. Desde a condenação de Sarkozy, o presidente francês não se manifestou sobre o caso, exceto para denunciar as ameaças que os magistrados receberam posteriormente. Relembre a condenação Sarkozy chega para veredito de tribunal. JULIEN DE ROSA / AFP Um Tribunal de Paris considerou o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy de ser parcialmente culpado por fazer um pacto de corrupção com o governo do falecido ditador da Líbia Muammar Gaddafi para receber financiamento para a campanha eleitoral presidencial francesa de 2007. Ele foi considerado culpado por associação criminosa e teve pena de 5 anos de prisão. A defesa recorreu imediatamente, porém ele deverá cumprir a sentença de toda forma. O ex-presidente teria recebido milhões de euros para colaboração na campanha em troca de apoiar também o governo africano. O regime líbio solicitou favores diplomáticos, jurídicos e comerciais. Entre as propostas estavam de ajudar na imagem mundial de Muammar. O governo dele foi marcado por abusos nos direitos humanos e também por possível envolvimento de atentados contra aviões em Níger e na Escócia. Em 2007, o recém-eleito Sarkozy recebeu Gaddafi em Paris, sendo o primeiro líder ocidental a recebê-lo em uma visita de Estado completa desde o congelamento das relações na década de 1980 devido ao seu status de pária como patrocinador do terrorismo de Estado. A acusação ainda colocava ele como culpado de outros crimes, mas que não foram confirmados durante julgamento. Ele foi absolvido por corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha. A todo momento, Sarkozy negou qualquer irregularidade. Ele afirmou que deve apelar de forma imediata a decisão. Além dele, mais 11 pessoas foram condenadas. Entre eles estão o aliado Claude Guéant e o ex-ministro Brice Hortefeux. Ambos teriam colaborado em diversas transferências em dinheiro e ajuda a autoridades da Líbia.

Ex-presidente francês é recebido por Macron antes da sua prisão, diz jornal

O ex-chefe de Estado foi condenado a cinco anos de prisão em primeira instância em setembro por conspiração criminosa relacionada ao suposto financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007. O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que deve ser preso nesta terça-feira (21), foi recebido pelo presidente Emmanuel Macron no Palácio de Eliseu. O encontro teria ocorrido na sexta-feira, porém a confirmação ocorreu para o jornal Libération apenas nesta segunda (20). A equipe presidencial afirmou apenas que 'foi realmente o que aconteceu' ao ser contatada pela reportagem, sem especificar circunstâncias ou conteúdo debatido. O ex-chefe de Estado foi condenado a cinco anos de prisão em primeira instância em setembro por conspiração criminosa relacionada ao suposto financiamento líbio de sua campanha presidencial de 2007. Ele recorreu da sentença, mas ainda permanecerá preso, com a pena prevista para execução provisória. A conversa não estava na agenda oficial de Macron. Desde a condenação de Sarkozy, o presidente francês não se manifestou sobre o caso, exceto para denunciar as ameaças que os magistrados receberam posteriormente. Relembre a condenação Sarkozy chega para veredito de tribunal. JULIEN DE ROSA / AFP Um Tribunal de Paris considerou o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy de ser parcialmente culpado por fazer um pacto de corrupção com o governo do falecido ditador da Líbia Muammar Gaddafi para receber financiamento para a campanha eleitoral presidencial francesa de 2007. Ele foi considerado culpado por associação criminosa e teve pena de 5 anos de prisão. A defesa recorreu imediatamente, porém ele deverá cumprir a sentença de toda forma. O ex-presidente teria recebido milhões de euros para colaboração na campanha em troca de apoiar também o governo africano. O regime líbio solicitou favores diplomáticos, jurídicos e comerciais. Entre as propostas estavam de ajudar na imagem mundial de Muammar. O governo dele foi marcado por abusos nos direitos humanos e também por possível envolvimento de atentados contra aviões em Níger e na Escócia. Em 2007, o recém-eleito Sarkozy recebeu Gaddafi em Paris, sendo o primeiro líder ocidental a recebê-lo em uma visita de Estado completa desde o congelamento das relações na década de 1980 devido ao seu status de pária como patrocinador do terrorismo de Estado. A acusação ainda colocava ele como culpado de outros crimes, mas que não foram confirmados durante julgamento. Ele foi absolvido por corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha. A todo momento, Sarkozy negou qualquer irregularidade. Ele afirmou que deve apelar de forma imediata a decisão. Além dele, mais 11 pessoas foram condenadas. Entre eles estão o aliado Claude Guéant e o ex-ministro Brice Hortefeux. Ambos teriam colaborado em diversas transferências em dinheiro e ajuda a autoridades da Líbia.