A poucas horas do prazo dado a Celso Sabino, União Brasil está no escuro sobre decisão do ministro

Aliados acreditam que Celso Sabino deixa o governo. Se não fizer isso, será expulso da legenda. Ele vai anunciar a decisão ao presidente Lula em reunião nesta sexta-feira (19). As eleições de 2026 entram no cálculo da decisão final. O ministro Celso Sabino ainda faz o cálculo político e eleitoral sobre a permanência no governo. Aliados apostam que ele deixa o ministério após o ultimato dado pelo União Brasil. Eles afirmam que Sabino comunicou a executiva, ainda nesta quinta-feira, que deixaria o governo e que, assim, seguiria o posicionamento do partido. Mas, os mesmos aliados disseram que tudo pode mudar e esperam o fim do prazo. O União Brasil deu 24h para que filiados à legenda deixem os cargos que ocupam no governo. Desde então, Sabino cancelou os compromissos que tinha no Pará e voltou pra Brasília pra se encontrar com Lula. Os dois devem conversar ainda pela manhã. O prazo dado pelo partido termina nesta sexta-feira. O ministro do turismo queria continuar no governo, principalmente durante a COP 30. Ele é do Pará, então além do simbolismo do estado dele, é o reduto eleitoral e ano que vem tem eleição. Fora isso, queria permanecer no ministério para concluir as entregas na conferência. Sabino já ia sair do ministério em abril de 2026 quando termina o prazo de desincompatibilização – tem que sair se quiser se candidatar a algum cargo. Para isso, buscava alternativas pra driblar a decisão do partido de desembarque do governo que foi tomada no inicio de setembro. Qual era a estratégia: tentar se licenciar do partido por uns meses, ao menos até o final do ano, continuar no governo pra COP e depois sair. Assim, voltava pro partido. Mas o ultimato do União Brasil foi clara e um integrante da executiva nacional me disse: “ou sai da legenda ou sai do governo. Se ficar no governo, vai ser expulso”. O ministro tem planos para se candidatar ao Senado, em 2026. E também faz esse cálculo. O União Brasil, com a federação com o Progressista, vai formar a maior bancada do Congresso – seria arriscado deixar a legenda. Mesmo no partido, ainda tentava se cacifar como candidato de Lula no Pará e faria uma chapa com o atual governador do estado, Helder Barbalho, do MDB. Saindo do ministério, pode perder esse apoio. Apoio no Congresso O governo já não tinha muito apoio do partido no Congresso - percebe-se pelas últimas votações, como a PEC da Blindagem e a urgência da anistia. O que o Planalto agora tenta fazer é reduzir esse desgaste provocado pela eventual saída de Sabino. A grande aposta do governo se chama Davi Alcolumbre – presidente do Senado, aliado e que garante alguns votos para Lula no Senado. Ele quem indicou os outros nomes da Cota do União Brasil, mas que não são filiados ao partido e, portanto, continuam no governo. Waldez Goes do Desenvolvimento Regional e Frederico de Siqueira das Comunicações. Além disso, o União Brasil ainda ocupa muitos cargos no segundo e terceiro escalões do governo, como autarquias, secretarias e agências, por exemplo. Lula ainda vai bater o martelo sobre isso. De duas, uma: ou exonera todos ou mantém ainda na esperança de garantir uma mínima governabilidade no Congresso Nacional.

A poucas horas do prazo dado a Celso Sabino, União Brasil está no escuro sobre decisão do ministro

Aliados acreditam que Celso Sabino deixa o governo. Se não fizer isso, será expulso da legenda. Ele vai anunciar a decisão ao presidente Lula em reunião nesta sexta-feira (19). As eleições de 2026 entram no cálculo da decisão final. O ministro Celso Sabino ainda faz o cálculo político e eleitoral sobre a permanência no governo. Aliados apostam que ele deixa o ministério após o ultimato dado pelo União Brasil. Eles afirmam que Sabino comunicou a executiva, ainda nesta quinta-feira, que deixaria o governo e que, assim, seguiria o posicionamento do partido. Mas, os mesmos aliados disseram que tudo pode mudar e esperam o fim do prazo. O União Brasil deu 24h para que filiados à legenda deixem os cargos que ocupam no governo. Desde então, Sabino cancelou os compromissos que tinha no Pará e voltou pra Brasília pra se encontrar com Lula. Os dois devem conversar ainda pela manhã. O prazo dado pelo partido termina nesta sexta-feira. O ministro do turismo queria continuar no governo, principalmente durante a COP 30. Ele é do Pará, então além do simbolismo do estado dele, é o reduto eleitoral e ano que vem tem eleição. Fora isso, queria permanecer no ministério para concluir as entregas na conferência. Sabino já ia sair do ministério em abril de 2026 quando termina o prazo de desincompatibilização – tem que sair se quiser se candidatar a algum cargo. Para isso, buscava alternativas pra driblar a decisão do partido de desembarque do governo que foi tomada no inicio de setembro. Qual era a estratégia: tentar se licenciar do partido por uns meses, ao menos até o final do ano, continuar no governo pra COP e depois sair. Assim, voltava pro partido. Mas o ultimato do União Brasil foi clara e um integrante da executiva nacional me disse: “ou sai da legenda ou sai do governo. Se ficar no governo, vai ser expulso”. O ministro tem planos para se candidatar ao Senado, em 2026. E também faz esse cálculo. O União Brasil, com a federação com o Progressista, vai formar a maior bancada do Congresso – seria arriscado deixar a legenda. Mesmo no partido, ainda tentava se cacifar como candidato de Lula no Pará e faria uma chapa com o atual governador do estado, Helder Barbalho, do MDB. Saindo do ministério, pode perder esse apoio. Apoio no Congresso O governo já não tinha muito apoio do partido no Congresso - percebe-se pelas últimas votações, como a PEC da Blindagem e a urgência da anistia. O que o Planalto agora tenta fazer é reduzir esse desgaste provocado pela eventual saída de Sabino. A grande aposta do governo se chama Davi Alcolumbre – presidente do Senado, aliado e que garante alguns votos para Lula no Senado. Ele quem indicou os outros nomes da Cota do União Brasil, mas que não são filiados ao partido e, portanto, continuam no governo. Waldez Goes do Desenvolvimento Regional e Frederico de Siqueira das Comunicações. Além disso, o União Brasil ainda ocupa muitos cargos no segundo e terceiro escalões do governo, como autarquias, secretarias e agências, por exemplo. Lula ainda vai bater o martelo sobre isso. De duas, uma: ou exonera todos ou mantém ainda na esperança de garantir uma mínima governabilidade no Congresso Nacional.