POLÍTICA E PODER

Qual a etimologia da palavra política?

O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à Pólis, ou cidade-Estado grega. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

O que é política de acordo com a filosofia?

Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política é a ciência que tem por objetivo a felicidade humana e divide-se em ética (que se preocupa com a felicidade individual do homem na Cidade-Estado, ou pólis), e na política propriamente dita (que se preocupa com a felicidade coletiva da pólis). A política como convivência A palavra “política” é derivada do termo grego “politikos”, que designava os cidadãos que viviam na “polis”. “Polis”, por sua vez, era usada para se referir à cidade e também, em sentido mais abrangente, à sociedade organizada.

Onde quer que haja duas ou mais pessoas, haverá a necessidade de definir regras de convivência, limites de ação e deveres comuns. A política acontece justamente no ato de existir em conjunto. Dessa forma, a origem da política remonta à participação na comunidade, à vida coletiva. Bem diferente do que se costuma pensar sobre a política como algo limitado aos políticos profissionais e longe do nosso cotidiano. O filósofo grego Aristóteles definiu o ser humano como um animal político, ou seja, um ser que inconscientemente busca a vida em comunidade, porque suas necessidades materiais e emocionais só podem ser satisfeitas pela convivência com outras pessoas. felicidade coletiva).LEIA MAIS EM POLITIZE

Pelas definições, está longe de se constituir a política em um ato de poder. Ao contrário, o político é aquele que, na maioria das vezes, abdica das suas pretenções pessoais para contribuir com o bem-estar coletivo. Porém, não é este conceito que vemos em muitos daqueles que ingressam na política. Que sentem-se enebriados pelo poder que emana do povo, e passam a usar a representação que lhes foi dada, como elemento propulsor de lutas em causa própria ou de grupos.

O embate que se caracteriza hoje entre direita e esquerda em todo o mundo, demostra o interesse de muitos pelo poder, sem grandes preocupações com o coletivo. Claro que no meio de tudo isso existem aqueles cujos ideais estão próximos do que se configura a verdadeira política. Talvez até não sejam tantos.

Causou-nos indignação a fala do Deputado cognominado Gilvan da Federal. Leiam trecho da matéria da CNN BRASIL: (A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou, nesta terça-feira (8), uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar as falas do deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), que pediu a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar ainda citou: “Quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não quer dizer que vou matar o cara. Mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula, por isso que ele tá aí, superou um câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco.” Segundo a AGU, as falas podem configurar os crimes de incitação ao crime (art. 286 do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal). LEIA MATÉRIA)

Na nossa visão, a fala não condiz com a postura de um representante do povo, que deve ser: hábil, pacato, educado; afinal, as falas foram públicas. E ainda proferiu expressões, desrespeitosas, dirigidas ao Presidente da República. Deve responder pelo que fez. Não merecemos esse tipo de representante. Tais atitudes fazem com que cada vez mais o povo desacredite nos políticos e na política.

Como somos nós que os colocamos lá; precisamos ser mais criteriosos na hora de votar: nada de escolhas por paixão e emoção, mas analisando criteriosamente quem estamos designando para nos representar.